Hoje já está provado que a hérnia diafragmática congênita está longe de ser um problema meramente cirúrgico, com um solução cirúrgica direta, e que os determinantes mais importantes do resultado são os fatores pré-natais que influenciam o desenvolvimento do parênquima pulmonar, do leito vascular pulmonar e do sistema surfactante pulmonar.
Antes dos anos 80, a abordagem era de se proceder à cirurgia de urgência, no sentido de descomprimir o pulmão do conteúdo abdominal e melhorar a complacência pulmonar.
Recentemente se mostrou que em muitos casos há diminuição da complacência pulmonar após a cirurgia. Dois fatores podem estar envolvidos:
O deslocamento para baixo do diafragma e a distorção da parte superior da parede do tórax, associadas à incorporação do músculo oblíquo interno na correção.
A pressão intra-abdominal elevada e a pressão intratorácica aumentada que acompanham o fechamento abdominal.
Por isso os RN não devem ser operados num esquema de emergência. A hérnia diafragmática é uma emergência fisiológica e não cirúrgica.
O objetivo é uma boa estabilização pulmonar pré-operatória, com medidas adequadas como abordado anteriormente.
O momento da correção cirúrgica depende do grau da estabilidade ou labilidade do leito vascular pulmonar.
Aqueles pacientes que podem ser tratados com ventilação convencional com oxigenação adequada e sem shunt ductal, podem ter a correção feita entre 12 a 48hs
Os pacientes com shunt ductal devem adiar sua correção, e a decisão é reavaliada numa base diária.
Isso pode adiar a decisão de operar até uma semana em algumas casos.
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