No recém-nascido (RN), a mais importante é a chamada Hérnia de Bochdalek. Decorre do não fechamento dos canais pleuroperitoneais, resultando em uma grande abertura, na região póstero-lateral do diafragma, tornando as cavidades peritoneal e pleural contínuos, sendo o lado esquerdo o mais afetado, pela presença do fígado no lado direito podendo tamponar o defeito (BRAGG W. D. et al, 1996; RUANO R., 2006). Ou seja, a HD de Bochdalek envolve uma abertura no lado esquerdo do diafragma. O estômago e intestinos geralmente se movem para a cavidade torácica. Esse defeito tem incidência de 1:4.000 nascidos vivos, e de 1:2.000 natimortos.
Dentre outros defeitos, esse é o mais grave, pois neste, a protrusão visceral ocorre geralmente de maneira precoce, ocasionando distúrbio respiratório progressivo ao RN, podendo levar a óbito em poucas horas se não houver intervenção adequada (SANTANA F. G. et al, 2008; HARRISON M. R. et al, 1997).
Já a Hérnia de Morgagni é devido a uma abertura no lado direito do diafragma. O fígado e intestinos geralmente se movem para a cavidade torácica (SANTANA F.G et al, 2008). Isso ocorre devido a um defeito no espaço retroesternal (BRAGG W. D. et al, 1996). A hérnia de Morgagni é a mais rara forma de hérnia diafragmática, ocorrendo em 3% dos casos. Consiste na protrusão para o tórax do conteúdo abdominal incluindo omento e cólon transverso, entre outros. É mais comum do lado direito e aparece quase sempre após aumento da pressão intra-abdominal. Os pacientes com hérnia de Morgagni são geralmente assintomáticos. Radiologicamente se apresenta como uma opacificação do seio cardiofrênico. O tratamento desta doença é sempre cirúrgico (OCHOA I. C., 2009; JANER S. A. et al, 2003).
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